Objetivos

Este blog faz parte do projeto de monitoria "Saber com sabor: o uso de recursos áudio-visuais e digitais no ensino de Literatura Alemã", coordenado pela Prof.ª Susana Kampff Lages, para as disciplinas da área de Literatura do Curso de Bacharelado e Licenciatura em Letras - Português/Alemão da Universidade Federal Fluminense. O blog tem como objetivo principal ser uma ferramenta de apoio no processo de ensino/aprendizagem dessas disciplinas. Imagens fotográficas e de obras de arte, trechos de peças de música clássica ou popular, trechos de filmes, trechos de obras literárias ou de crítica, traduções e outros materiais pertinentes à cultura literária alemã e aos temas tratados em aula poderão ser postados por estudantes e professores. O blog tende a ser um lugar tanto de diálogo entre docentes e estudantes, quanto de ajuda mútua entre os próprios estudantes, que assim podem trocar experiências de leitura e estudo.

sábado, 24 de novembro de 2012

Chamada para Seleção de Candidatos a Estagiários no Laboratório em Estudos de Tradução da UFF


Pessoas,

fiquem atentas para o processo seletivo do Laboratório de Estudos de Tradução (LABESTRAD). Para atuar como monitor, na área de alemão, haverá uma prova de conhecimentos que pressupõe competência de leitura e tradução da língua alemã em nível intermediário-avançado. Confiram: 


Chamada para Seleção de Candidatos a Estagiários no Laboratório em Estudos de Tradução da UFF


O Departamento de Letras Estrangeiras Modernas seleciona alunos de graduação em alemão, espanhol, francês, inglês e italiano, para trabalharem como estagiários de tradução (1 vaga para cada língua estrangeira) no LABESTRAD (Laboratório em Estudos de Tradução da UFF). O LABESTRAD tem como objetivo oferecer serviços de tradução à comunidade acadêmica da UFF. Os estudantes selecionados trabalharão nesse projeto, prestando serviços de pesquisa e prática em tradução, sob a supervisão de um professor de cada língua do GLE, recebendo uma bolsa mensal. As inscrições para o exame de seleção ocorrerão de 7 a  11  de janeiro de 2013, na secretaria do GLE, das 10h00 às 16h00,  e a prova ocorrerá em 21 de janeiro, às 14h00. Na ocasião, será avaliada a proficiência em língua estrangeira, que permita ao  candidato ler e traduzir textos acadêmicos. Será avaliada, também, a sua competência em língua portuguesa.  


terça-feira, 23 de outubro de 2012

ESCRITOR-VISITANTE: Roteirista alemão participa de evento no Rio


A Universidade Federal Fluminense (UFF), com o apoio do Goethe-Institut Rio de Janeiro e do Deutscher Literaturfonds, realizará no dia 26 de outubro uma palestra com o escritor e roteirista alemão Thomas Brussig.

Durante o evento, Brussig lerá trechos da sua obra Schiedsrichter Fertig. Eine Litanei e participará de um debate. A iniciativa faz parte do primeiro programa de escritor-visitante de língua alemã da América Latina, promovido pela UFF.

Thomas Brussig nasceu em Berlim e conquistou o público com o romance Helden wie wir em 1995. O sucesso atingiu seu auge com O charuto apagado de Churchill, um romance que relembra os anos que antecederam a 9 de novembro de 1989, data da queda do muro de Berlim. O texto foi inclusive adaptado para o cinema em 1999 e tornou-se o filme de maior bilheteria na Alemanha naquele ano. Entre as suas obras mais recentes estão Berliner Orgie e Schiedsrichter Fertig.

O evento é gratuito e inicia às 18h30 na Biblioteca do Goethe-Institut do Rio de Janeiro.


Leitura

26 de outubro às 18h30

Biblioteca do Goethe-Institut Rio de Janeiro

Rua do Passeio, 62 / 2° andar - Centro

Em alemão

Entrada franca

Tel.: +55 21 3804 8204

bibl@rio.goethe.org


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Lançamento do livro "A tradução literária" de Paulo Henriques Britto

Gostaríamos de convidar para  lançamento do livro "A tradução literária" de Paulo Henriques Britto, dia  17/10, às 19h, na livraria da Travessa do Shopping Leblon. Na ocasião haverá debate com Evando Nascimento e Susana Kampff Lages. Esperamos vocês lá!








terça-feira, 16 de outubro de 2012

Freud em HQ

A biografia em quadrinhos de Freud,  por Corinne Maier e Anne Simon, é um dos lançamentos da Companhia das Letras. Abaixo, pode-se ter uma ideia do trabalho. Confira mais páginas em http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/10411-freud-hq#foto-193941







Agenda Acadêmica na UFF: participe!




APRESENTAÇÕES DE ALUNOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA: sala 301


GABRIEL ALONSO GUIMARÃES Literatura Alemã/Tradução 3a feira 16/10 às 11 horas

MARINA DUPRÉ Língua Alemã/Tradução 4a feira , 17/10 às 10h40m

APRESENTAÇÕES DOS MONITORES: sala 505


BEATRIZ LEMOS RODRIGUES Literatura Alemã

ODILON DE MORAES Língua Alemã

3ª FEIRA, dia 16/10 a partir das 14 horas.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Agenda Acadêmica na UFF


Agenda Acadêmica mostrará produção no ensino, pesquisa e extensão da UFF 

A Agenda Acadêmica da UFF ocorre anualmente e tem como objetivo apresentar a produção desenvolvida na UFF em suas três grandes áreas de atuação: ensino, pesquisa e extensão. Neste ano, a atividade se realiza entre os dias 15 e 22 de outubro, buscando promover a integração da comunidade interna em torno dos programas acadêmicos da instituição e com a comunidade externa, por meio das mostras elaboradas para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Dentre outros trabalhos promovidos no município de Niterói e unidades no interior do Estado do Rio de Janeiro, o evento na universidade contará com a Semana de Monitoria, Mostra de Iniciação à Docência na Educação Básica, Programa de Educação Tutorial - PET/MEC, Programa de Educação Tutorial (Propet) da UFF, Semana de Desenvolvimento Acadêmico, Semana de Extensão, além de diversos seminários.

A abertura oficial da Agenda Acadêmica ocorrerá no Auditório Florestan Fernandes, Campus do Gragoatá, Bloco D, São Domingos, Niterói. Na ocasião, haverá a entrega do prêmio Homenagem Prata da Casa - programa de ex-alunos da universidade - e, ainda, um minishow de “stand up”, palestra de abertura sobre sustentabilidade com o professor Nelson Ebecken, um dos homenageados, e coquetel.


Outras informações no site da Agenda Acadêmica: www.agendaacademica.uff.br

Apresentações na Agenda Acadêmica



APRESENTAÇÕES DE ALUNOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 301


GABRIEL ALONSO GUIMARÃES Literatura Alemã/Tradução 3a feira 16/10 às 11 horas

MARINA DUPRÉ Língua Alemã/Tradução 4a feira , 17/10 às 10:40 hs

APRESENTAÇÕES DOS MONITORES: 505

BEATRIZ LEMOS RODRIGUES Literatura Alemã

ODILON DE MORAES Língua Alemã

3A FEIRA, dia 16/10 a partir das 14 horas. 



SEMANA ACADÊMICA UFF

Convidamos vocês a participarem da Semana Acadêmica na UFF. 
























sábado, 13 de outubro de 2012

Filme nacional "Meu amigo Nietzsche"

O filme "Meu amigo Nietzsche" teve sua estreia, em 22 de setembro de 2012, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Trata-se de uma produção nacional que conta a história de um menino que descobre um dos livros do escritor alemão no lixão e com ele sua vida se transforma. Confira o trailer a seguir.



Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=3P8JwMoxeG0

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Revista dos Alunos dos Programas de Pós-Graduação em Letras da UFF aceita trabalhos!


Revista Icarahy 


ISSN:2176-3798 


site: www.revistaicarahy.uff.br



A revista aceita contribuições para os dossiês temáticos de língua e literatura ou para a seção Ensaios, destinada à publicação de artigos com tema livre. Solicitamos que, ao entregar os artigos à Secretaria do Programa, os alunos indiquem, no envelope, o número e a seção da Revista Icarahy a que o texto se destina.  



Seguem informações sobre os dossiês temáticos e os prazos: 



DOSSIÊS E EMENTAS DO Nº 8


Dossiê Língua: Os estudos semióticos


Objeto de estudo e método da semiótica. As diferentes classificações dos sistemas de signos. A distinção entre as diferentes abordagens semióticas. Os precursores e fundadores da ciência dos signos: Saussure, Pierce, Greimas. Pierce e sua visão triádica do signo. Greimas e a semiótica discursiva. A leitura de imagens sob a perspectiva semiótica. Aplicação dos estudos semióticos. Análise de materiais sincréticos. Semiótica plástica.


Dossiê Literatura: Literatura e opressão


O papel do artista/escritor em contextos de opressão (guerras, ditaduras, exílios, prisões); a produção artística como forma de resistência. A recepção de bens culturais nos espaços público e privado em tempos de autoritarismo. Estratégias discursivas para burlar as censuras e enfrentar as intolerâncias (religiosas, sexuais, de gênero ou classe). Negociações identitárias em momentos de crise. O testemunho e a narração do trauma. A memória como recriação individual e/ou coletiva.

PRAZO PARA ENVIO: 30/11/2012

______________________________________________________________


DOSSIÊS E EMENTAS DO Nº 9


Dossiê Língua: Atuação de pressupostos cognitivos nas teorias linguísticas


Abordagem cognitiva nas pesquisas linguísticas. Aspectos cognitivos no ensino e aprendizagem de línguas. Fundamentos cognitivos na pesquisa semiótica. Motivações cognitivas e a estruturação da gramática. O texto e seu processamento cognitivo. Princípios cognitivos e situação interlocutiva.


Dossiê Literatura: Literatura autobiográfica, escritas do eu.


O sujeito fraturado, típico da contemporaneidade, e sua busca por respostas que possam preencher as lacunas de sua existência/permanência no mundo, como desafio para a escrita autobiográfica. O EU que se narra ficcionalmente ou que se impõe como narrador de fatos de outrem e o exercício de caminhar na tênue linha que divide o real e o ficcional. O lugar da escrita biográfica na literatura, sua validade como texto literário e o que fundamenta as linhas biográficas no campo ficcional. O EU narrador e o EU personagem e a história narrada a partir de pistas, de vestígios de existência ou mesmo de sua própria obra. Os anseios e as lacunas de um gênero textual cada vez mais explorado por autores e críticos em todo o mundo.

PRAZO PARA ENVIO: 20/04/2013

_______________________________________________________________


DOSSIÊS E EMENTAS DO Nº 10


Dossiê Língua: Os estudos aplicados da linguagem


A Linguística Aplicada e o ensino de língua materna, segunda língua e línguas estrangeiras. O ensino-aprendizagem de línguas, em diferentes contextos educacionais, formais ou não. A abordagem multicultural no ensino-aprendizagem de línguas. A Linguística Aplicada e sua interface com a Literatura e com outras ciências. Análise de materiais didáticos e estratégias pedagógicas. A formação de professores.


Dossiê Literatura: Literatura e Gênero


Representações da mulher na literatura (brasileira, de língua portuguesa ou de língua estrangeira) no texto literário; relações entre a mulher, literatura e história; estudos sobre mulheres escritoras; a crítica feminista; gênero como construção social do feminino e do masculino; a conquista feminina pela alteridade; as vozes silenciadas, além de outras interpretações e perspectivas teórico-críticas.

PRAZO PARA ENVIO: 20/09/2013


Informações sobre normas para publicação e envio de material disponíveis no site: http://www.revistaicarahy.uff.br/revista/index.php?item=normas


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Confira artigo de Jeanne Marie Gagnebin, publicado dia 07.10, no suplemento Ilustríssima sobre o filósofo alemão Walter Benjamin


Walter Benjamin na era da reprodutibilidade técnica

JEANNE MARIE GAGNEBIN


Quando Walter Benjamin se matou, aos 48 anos, em setembro de 1940, fugindo da polícia francesa do regime de Vichy (pró-Hitler) e barrado na fronteira com a Espanha pela polícia franquista, vivia exilado e desempregado em Paris. Sem jamais ter conseguido um posto de professor na universidade, mantinha-se como crítico literário, com um pequeno auxílio do Instituto de Pesquisa Social, embrião da escola de Frankfurt.

Havia publicado poucos livros, alguns artigos, várias resenhas, mas as portas se fechavam cada vez mais para ele em razão de sua origem judaica alemã. Era conhecido num pequeno círculo de amigos, em sua maioria escritores que fugiram do nazismo: Brecht, Adorno, Scholem, e, em Paris, também Bataille e Klossovski. 

Quando, em compensação, Benjamin caiu em domínio público, 70 anos mais tarde, sua fama não cessava de crescer. Por mais justificado que seja, tal fenômeno deve nos deixar desconfiados. Teria Benjamin se transformado em mais um "bem cultural", um "Kulturgut", isto é, uma mercadoria cultural, cujo valor de fetiche ele não se cansou de denunciar?

                           Reprodução
O filósofo alemão Walter Benjamin     O filósofo alemão Walter Benjamin


ONDA

Muitíssimo citado, em geral de maneira fragmentária, Benjamin é agora objeto de uma onda de traduções que arrisca se transformar, no Brasil, em epidemia.

Cabe, portanto, perguntar se essa onda de fato leva a um conhecimento mais preciso do autor, em particular em relação a suas reflexões sobre as transformações da percepção e das práticas estéticas na modernidade, ou se não assinalaria uma tendência mercadológica de "glamour" com a qual se confunde, tantas vezes, a ideia de cultura viva.

Seu primeiro texto traduzido no Brasil foi "A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica". O ensaio introduz hipóteses essenciais para uma teoria da arte contemporânea, marcada, segundo Benjamin, pela "reprodutibilidade técnica", central na fotografia e no cinema, que abole progressivamente a 'aura' de unicidade e de autenticidade da obra de arte.

Existem hoje quatro versões diferentes desse texto nas "Gesammelte Werke" (obras reunidas, editora Suhrkamp): três em alemão, uma em francês. A única publicada em vida de Benjamin foi a francesa, traduzida por ele e por Klossovski a partir de duas versões em alemão, escritas em fins de 1935 e inícios de 1936.

A primeira delas foi traduzida por Sérgio Paulo Rouanet para a editora Brasiliense, nos anos 1980; a segunda ficou desaparecida por décadas. A versão francesa saiu em 1936, na "Zeitschrift für Sozialforschung", revista para pesquisa social, publicada em Paris, já que tinha sido proibida na Alemanha, pelo instituto de mesmo nome, dirigido nos EUA por Max Horkheimer e Theodor Adorno.

Ora, a versão francesa sofreu inúmeros cortes, sem a concordância de Benjamin, pelo editor em Paris, Max Brill, e com a anuência de Horkheimer. Benjamin só tinha concordado com algumas modificações em razão da prudência política do instituto, mas queria marcar uma posição materialista e progressista que foi diluída com a censura.

Ao reler a carta de Benjamin a Horkheimer de 14 de março de 1936, na qual manifesta sua indignação com a "deslealdade" de Brill, e as cartas de Horkheimer e de Adorno, de 18 de março de 1936 --disponíveis no recém-editado "Benjamin e a Obra de Arte" [trad. Vera Ribeiro e Marijane Lisboa, Contraponto, 256 págs., R$ 48]--, torna-se manifesto o conflito entre Benjamin e seus interlocutores.

Ademais, quando se lê a longa carta a Benjamin que Adorno assina com um "seu velho amigo" e, em seguida, a carta a Horkheimer, de 21 de março, na qual Adorno elogia concepções de Benjamin, mas também afirma sua falta de dialética, seu "masoquismo", sua "concepção romântica e professoral sobre a técnica", fica patente o quanto Adorno --que se preparava para emigrar aos EUA-- está preso num jogo de poder entre o "patrão" (Horkheimer) e o "bolsista" (Benjamin) do instituto ao qual pretendia integrar-se.

ÚLTIMA VERSÃO

Essa situação difícil levou Benjamin a escrever, entre 1938 e 39, uma última versão do ensaio, que seria traduzida em 1968, por Carlos Nelson Coutinho, e em 1969, por José L. Grünewald (texto que consta até hoje do volume "Os Pensadores", da editora Abril).

Retraduzida com cuidado por Marijane Lisboa para a Contraponto, esta é a versão que ele achava mais congruente com seus propósitos: explorar as possibilidades técnicas e artísticas do filme e da montagem fotográfica em favor de uma política de esquerda, em vez de lamentar sua integração à indústria do cinema como mero entretenimento.

Benjamin tentou, em vão, publicar essa última versão de seu texto em alemão ou em inglês --impossibilidade que foi fruto da recusa de Horkheimer, documentada no mesmo volume, de pôr Benjamin em contato com o pesquisador em cinema Jay Leyda, de Nova York.
A segunda versão em alemão, de 1936, que estava desaparecida, foi localizada no Arquivo Horkheimer em Frankfurt e publicada em 1989 num volume de "Suplementos". Essa versão acaba de ser traduzida pela primeira vez no Brasil, por Francisco de Ambrosis Pinheiro Machado [Zouk, 128 págs., R$ 38] num trabalho preciso, com excelentes notas do tradutor. Anuncia-se ainda outra tradução do mesmo texto (!), por Gabriel Valladão Silva, para a editora L&PM.

A história da redação e da recepção do texto foi reconstruída com cautela por Detlev Schöttker em livro de 2007, no qual publica a versão "definitiva" de Benjamin, de 1938-9, com vasta documentação, notas, fortuna crítica, excelente bibliografia e filmografia. Ele foi incluído no volume da Contraponto, organizado por Tadeu Capistrano, mas sem a bibliografia (embora citada no corpo dos comentários!) e a filmografia, e sem justificativa nem menção a essa falta.

Em compensação, o organizador publica dois artigos de Susan Buck-Morss e Miriam Hansen, de 1992 e 1987. Sem dúvida interessantes, os textos, no entanto, não combinam com o trabalho de Schöttker, cuja reconstrução aponta muito mais para a discussão entre Benjamin e o Instituto de Pesquisa social.

Ademais, nenhum desses artigos cita a segunda versão, encontrada em 1989 (que Hansen nem poderia conhecer, portanto). Pergunta-se por que o organizador incluiu no mesmo livro textos tão diversos e retirou, sem advertir o leitor, informações preciosas fornecidas pelo autor.

Por fim, gostaria de insistir na importância da segunda versão. Ela aponta para uma nova teoria da "mimesis", isto é, da "representação artística", e do jogo ou da brincadeira" ("Spiel") nas artes. Trata-se de tentar pensar as possibilidades, liberadas pela perda da aura e pelas novas técnicas, de novas práticas estéticas: "ordenações experimentais", ou "Versuchsanordnungen" (a revisão do volume da Brasiliense continua traduzindo o termo por "experiências", o que se presta a confusão).

Essas novas práticas artísticas e interativas --por exemplo, no Brasil, Oiticica ou Lygia Clark-- deveriam permitir a invenção de um "espaço de jogo" ("Spielraum") que Benjamin esperava ser possível, não só no domínio da estética, mas também no da política.

É dessa relação entre estética e política que se trata, para quem quiser ler Benjamin sem transformá-lo em mais um fetiche cultural.

JEANNE MARIE GAGNEBIN é professora titular de filosofia na PUC-SP e autora de "História e Narração em Walter Benjamin" (Perspectiva).

domingo, 30 de setembro de 2012

Chamada para publicação: Revista Cisma, USP

Prezadas Pessoas,

a revista Cisma, da USP, está selecionando trabalhos na área de literatura para sua segunda publicação. Data limite do envio: 15 de outubro. A seguir, mais informações. 

O primeiro número da revista Cisma, da USP, está disponível aqui: http://www.revistas.fflch.usp.br/cisma/issue/current/showToc


No site:
Para a segunda edição da Revista Cisma, lançamos o problema das definições e adjetivações de literatura, de tradição, de marginalidade, de oralidade, de literatura comparada, de alteridade. Suscitamos o questionamento de quem está apto a escrever sobre literatura. Buscamos o questionamento das obras literárias que escapam das definições de gênero que assumem, e das literaturas que se posicionam contra outros momentos, monumentos e movimentos literários. Colocamos, enfim, o confronto: LITERATURACONTRALITERATURA.

A data limite para envio de textos é 15 de Outubro de 2012.

Para enviar seu texto, é necessário cadastrar-se no site. Para mais informações, clique em "Sobre a Revista" > "Submissões Online"

sábado, 29 de setembro de 2012

Participem do 2º Concurso Literário - LETRAS EM CRIAÇÃO: CONTO.

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE LETRAS


2º CONCURSO LITERÁRIO DO INSTITUTO DE LETRAS DA UFF
LETRAS EM CRIAÇÃO: CONTOS


 REGULAMENTO

O Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense promove o seu 2º Concurso Literário  - LETRAS EM CRIAÇÃO: CONTO.

I. Poderão participar do concurso somente alunos de graduação, de pós-graduação e servidores técnicos administrativos do referido Instituto.
II. O participante poderá inscrever 01 (um) conto inédito, com tema livre, enviando-o para o seguinte email: letrasdauff@vm.uff.br. Considera-se inédito o texto que não tenha sido publicado em periódico ou livro.
III. O texto deverá ser enviado em arquivo formato Word (doc), fonte Times New Roman 12, com o máximo de 5000 palavras, sem assinatura digital ou qualquer tipo de identificação. Em outro arquivo, deverá ser enviada a ficha de inscrição disponível na página do Instituto de Letras no link do 2º Concurso Letras em Criação.
IV. Será considerado inscrito no concurso o texto enviado de 01/10/2012 a 16/11/12, inclusive.
V. Os dez primeiros colocados receberão um diploma de premiação e, caso autorizem, terão seus textos publicados em livro impresso pelo Instituto de Letras.
VI. Cada autor que tiver seu conto publicado fará jus  a dois exemplares da obra editada.
VII. Os textos serão selecionados por uma Comissão Julgadora indicada pela Comissão Editorial do selo Letras da UFF composta pelos Profs. Jussara Abraçado, Ida Alves, Lúcia Teixeira, Mônica Savedra e Silvio Renato Jorge. A referida Comissão Julgadora será formada por professores do Instituto de Letras da UFF. Seus nomes só serão divulgados após a publicação dos resultados na página do Instituto de Letras.
VIII. O resultado do concurso será divulgado na página do Instituto de Letras até 15 de dezembro de 2012.
IX. As decisões da Comissão Editorial e da Comissão Julgadora serão irrecorríveis, cabendo à primeira Comissão as decisões sobre os casos omissos. 
X. O descumprimento de qualquer quesito deste regulamento acarretará a desclassificação do inscrito.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Conversação em alemão


Prezadas Pessoas,

a professora Anika Freese estará oferecendo, a partir de 1º de outubro, encontros de conversação em alemão toda segunda-feira, na UFF, de 13h às 15h. Quando for feriado, o Konversationstreff será transferido para a quarta-feira. Abaixo estão mais informações ou, por favor, entrem em contato.

Cordialmente,
Beatriz Lemos 


Konversationstreff  Deutsch
(ab Montag, 01.10.2012 immer montags 13 - 15h, mit Anika Freese)

Emotionen ausdrücken, Argumente formulieren, zuhören, verstehen, diskutieren, interkulturelle Kompetenzen stärken, gemeinsam lachen und noch ganz viel mehr - das soll in unserem Konversationstreff passieren. Wir werden gemeinsam Themen aussuchen, die uns interessieren und diese dann in gemütlicher Runde besprechen. Perfektes Deutsch ist ausdrücklich nicht erforderlich! ;)
Jeder, der Lust hat, seine kommunikativen Fähigkeiten auf Deutsch zu trainieren, ist herzlich eingeladen.

WER: alle Studenten der deutschen Sprache an der UFF, die Lust haben, in ungezwungener Atmosphäre ihre Deutsch-Kenntnisse zu erweitern.

WANN: immer montags von 13h - 15h (sollte der Montag ein Feiertag sein, verschiebt sich der Konversationstreff automatisch auf den folgenden Mittwoch)

WO: wird noch bekannt gegeben

Am kommenden Montag werden wir deutsche Musik hören, Texte übersetzen und uns über die Inhalte unterhalten.
Bis Montag, ich freue mich auf euch!

domingo, 23 de setembro de 2012

Questionário de acesso à internet

Como parte do projeto de monitoria "Saber com sabor: o uso de recursos áudio-visuais digitais no ensino-aprendizagem de literatura alemã ", estou desenvolvendo uma pesquisa sobre acessibilidade à rede. Gostaria de mostrar os resultados na apresentação do projeto na Semana de Monitoria, por isto, peço que vocês respondam às perguntas abaixo, através dos comentários, ou utilizem as enquetes ao lado.



QUESTIONÁRIO DE ACESSIBILIDADE À REDE:

1) Quantas vezes por semana  você acessa a internet?
a) 0
b) 1-2
c) 3-5
d) todos os dias

2) Locais onde utiliza internet?
a) em casa
b) casa de amigos
c) no trabalho
d) lan house
e) celular

3) Tipo de acesso?
a) Estudos
b) Divertimento
c) redes sociais (que tipo?)
d) blogs (que tipo?)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Thomas Brussig na UFF, em outubro


Neste mês de outubro teremos a presença do escritor Thomas Brussig, na UFF. Para quem se interessar, a estudante Clarissa Marinho nos enviou algumas informações sobre as obras do autor disponíveis no Brasil. A seguir, ao que podemos ter acesso com alguma facilidade:

- O livro O charuto apagado de Churchill , produzido pela LP&M - preço aproximadamente entre 20 e 25 reais, tem o link dele aqui; e dá pra encontrar pela estante virtual até mais barato! 

- O filme Sonnenallee, roteiro a partir do livro Am kürzeren Ende der Sonnenallee (ou O charuto apagado de Churchill, título do Brasil), que pode ser baixado através do torrent (arquivo em torrent encontrado aqui).
Ou, para quem não tem o programa Torrent, AQUI. está o upload do filme na íntegra (filme + legenda).

- http://www.thomasbrussig.de/index.html (Site do autor em alemão)

Grande abraço,
Beatriz

domingo, 2 de setembro de 2012

Revista Simplicissimus

O romance O aventuroso Simplicissimus está sendo estudado na disciplina de Literatura Alemã IV. E a estudante Clarissa Marinho produziu um texto sobre a revista que dá nome a este post. A seguir, o texto na íntegra.


Universidade Federal Fluminense
Instituto de Letras
Departamento de Letras Estrangeiras Modernas – GLE
Disciplina: Literarura Alemã IV
Professor: Johannes Kretschmer
Estudante: Clarissa Marinho


Revista Simplicissimus


Simplicissimus foi uma revista semanal especializada em sátiras políticas. Sua publicação teve início em 1896 e terminou pouco menos de um século depois, em 1944. O título do periódico teria advindo do clássico picaresco ‘O aventuroso Simplicissimus’, escrito por Hans Jacob Cristoffel von Grimmelshausen no século XVII e o seu conteúdo ousado buscava alcançar a igreja, a moral burguesa, os militares, as autoridades políticas do então Império Prussiano e outros grupos políticos da época.
 Entre os colaboradores e funcionários da Simplicissimus incluíram Hermann Hesse, Thomas Mann, Gustav Meyrink, Georg Queri, Fanny zu Reventlow, Ludwig Thoma, Jakob Wassermann, Frank Wedekind, Arthur Holitscher, Karl Arnold, Franziska Bilek, Walter Essenther, George Grosz, Olaf Gulbransson , Heinrich Kley, Alfred Kubin, Rudolf Kriesch, Otto Nuckel, Bruno Paulo, Ferdinand Von Reznicek, Erich Schilling, Erich Dolorosamente, Erwin von Kreibig, Wilhelm Schulz, Edgar Steiger Eduard Thony, Robert Walser, Rudolf Wilke, Heinrich Zille, Rainer Maria Rilke, Hugo von Hofmannsthal , Heinrich Mann e Erich Kastner. 
O Bulldog vermelho (das rote Hund) - emblema da revista – foi desenhado pelo cartunista e responsável pela arte das capas, Thomas Theodor Heine.

A revista, que vendeu mil exemplares na primeira edição, não refreou suas críticas contundentes causando o descontentamento de diversas autoridades e o consequente cárcere de alguns dos representantes da revista. Tais fatos a popularizaram ainda mais, o que ocasionou a venda de mais de 85 mil cópias em 1906. 
Embora com a entrada da Alemanha na primeira guerra mundial a revista tenha passado por um momento de moderação, chegando a apoiar os esforços políticos em benefício da guerra, não muito tempo depois, publicações ainda mais severas foram publicadas contra os partidos extremistas de esquerda e direita. Com a ascensão do Partido Nazista, porém, os responsáveis pelo periódico receberam progressivamente punições, desde acusações verbais, ataques aos escritórios, intimidação pessoal, até, finalmente, a prisão aos escritores e colaboradores da revista.
Simplicissimus cessou sua publicação em 1944.
(A revista Simplicissimus encontra-se disponível para leitura e pesquisa, inclusive em PDF: http://www.simplicissimus.info)

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Áudio-livros com qualidade de CD

Que tal ouvir, gratuitamente e em alemão, seus contos de fadas favoritos?  Basta apenas clicar no link, escolher a história, fazer o download e deleitar-se com os áudio-livros  dos  irmãos Grimm, aqui ó: http://www.vorleser.net/html/grimm.html

terça-feira, 24 de julho de 2012

Aschenputtel, de 1920, por Lotte Reiniger

Segundo o site Deutsche Welle, a berlinense Lotte Reiniger foi a primeira a fazer animação em longa metragem. A seguir,  pode ser visto seu filme Aschenputtel. Para mais informações sobre a pioneira do cinema de animação, visite http://www.dw.de/dw/article/0,,16145955,00.html ! 





sexta-feira, 13 de julho de 2012

quarta-feira, 11 de julho de 2012

ASCHENPUTTEL - UM CONTO DOS IRMÃOS GRIMM


Einem reichen Manne, dem wurde seine Frau krank, und als sie fühlte, daß ihr Ende herankam, rief sie ihr einziges Töchterlein zu sich ans Bett und sprach: “Liebes Kind, bleibe fromm und gut, so wird dir der liebe Gott immer beistehen, und ich will vom Himmel auf dich herabblicken, und will um dich sein.” Darauf tat sie die Augen zu und verschied. Das Mädchen ging jeden Tag hinaus zu dem Grabe der Mutter und weinte, und blieb fromm und gut. Als der Winter kam, deckte der Schnee ein weißes Tüchlein auf das Grab, und als die Sonne im Frühjahr es wieder herabgezogen hatte, nahm sich der Mann eine andere Frau.

Die Frau hatte zwei Töchter mit ins Haus gebracht, die schön und weiß von Angesicht waren, aber garstig und schwarz von Herzen. Da ging eine schlimme Zeit für das arme Stiefkind an. “Soll die dumme Gans bei uns in der Stube sitzen!” sprachen sie, “wer Brot essen will, muß verdienen: hinaus mit der Küchenmagd!” Sie nahmen ihm seine schönen Kleider weg, zogen ihm einen grauen, alten Kittel an und gaben ihm hölzerne Schuhe. “Seht einmal die stolze Prinzessin, wie sie geputzt ist!” riefen sie, lachten und führten es in die Küche. Da mußte es von Morgen bis Abend schwere Arbeit tun, früh vor Tag aufstehen, Wasser tragen, Feuer anmachen, kochen und waschen. Obendrein taten ihm die Schwestern alles ersinnliche Herzeleid an, verspotteten es und schütteten ihm die Erbsen und Linsen in die Asche, so daß es sitzen und sie wieder auslesen mußte. Abends, wenn es sich müde gearbeitet hatte, kam es in kein Bett, sondern mußte sich neben den Herd in die Asche legen. Und weil es darum immer staubig und schmutzig aussah, nannten sie es Aschenputtel.

Es trug sich zu, daß der Vater einmal in die Messe ziehen wollte, da fragte er die beiden Stieftöchter, was er ihnen mitbringen sollte. “Schöne Kleider,” sagte die eine, “Perlen und Edelsteine,” die zweite. “Aber du, Aschenputtel,” sprach er, “was willst du haben?” - “Vater, das erste Reis, das Euch auf Eurem Heimweg an den Hut stößt, das brecht für mich ab!” Er kaufte nun für die beiden Stiefschwestern schöne Kleider, Perlen und Edelsteine, und auf dem Rückweg, als er durch einen grünen Busch ritt, streifte ihn ein Haselreis und stieß ihm den Hut ab. Da brach er das Reis ab und nahm es mit. Als er nach Haus kam, gab er den Stieftöchtern, was sie sich gewünscht hatten, und dem Aschenputtel gab er das Reis von dem Haselbusch. Aschenputtel dankte ihm, ging zu seiner Mutter Grab und pflanzte das Reis darauf, und weinte so sehr, daß die Tränen darauf niederfielen und es begossen. Es wuchs aber und ward ein schöner Baum. Aschenputtel ging alle Tage dreimal darunter, weinte und betete, und allemal kam ein weißes Vöglein auf den Baum, und wenn es einen Wunsch aussprach, so warf ihm das Vöglein herab, was es sich gewünscht hatte.

Es begab sich aber, daß der König ein Fest anstellte, das drei Tage dauern sollte, und wozu alle schönen Jungfrauen im Lande eingeladen wurden, damit sich sein Sohn eine Braut aussuchen möchte. Die zwei Stiefschwestern, als sie hörten, daß sie auch dabei erscheinen sollten, waren guter Dinge, riefen Aschenputtel und sprachen: “Kämm uns die Haare, bürste uns die Schuhe und mache uns die Schnallen fest, wir gehen zur Hochzeit auf des Königs Schloss.” Aschenputtel gehorchte, weinte aber, weil es auch gern zum Tanz mitgegangen wäre, und bat die Stiefmutter, sie möchte es ihm erlauben. “Aschenputtel,” sprach sie, “bist voll Staub und Schmutz, und willst zur Hochzeit? Du hast keine Kleider und Schuhe, und willst tanzen!” Als es aber mit Bitten anhielt, sprach sie endlich: “Da habe ich dir eine Schüssel Linsen in die Asche geschüttet, wenn du die Linsen in zwei Stunden wieder ausgelesen hast, so sollst du mitgehen.” Das Mädchen ging durch die Hintertür nach dem Garten und rief: “Ihr zahmen Täubchen, ihr Turteltäubchen, all ihr Vöglein unter dem Himmel, kommt und helft mir lesen,
Die guten ins Töpfchen,
Die schlechten ins Kröpfchen.”
Da kamen zum Küchenfenster zwei weiße Täubchen herein, und danach die Turteltäubchen, und endlich schwirrten und schwärmten alle Vöglein unter dem Himmel herein und ließen sich um die Asche nieder. Und die Täubchen nickten mit den Köpfchen und fingen an pick, pick, pick, pick, und da fingen die übrigen auch an pick, pick, pick, pick, und lasen alle guten Körnlein in die Schüssel. Kaum war eine Stunde herum, so waren sie schon fertig und flogen alle wieder hinaus. Da brachte das Mädchen die Schüssel der Stiefmutter, freute sich und glaubte, es dürfte nun mit auf die Hochzeit gehen. Aber sie sprach: “Nein, Aschenputtel, du hast keine Kleider, und kannst nicht tanzen: du wirst nur ausgelacht.” Als es nun weinte, sprach sie: “Wenn du mir zwei Schüsseln voll Linsen in einer Stunde aus der Asche rein lesen kannst, so sollst du mitgehen,” und dachte: “Das kann es ja nimmermehr.” Als sie die zwei Schüsseln Linsen in die Asche geschüttet hatte, ging das Mädchen durch die Hintertür nach dem Garten und rief: “Ihr zahmen Täubchen, ihr Turteltäubchen, all ihr Vöglein unter dem Himmel, kommt und helft mir lesen,
Die guten ins Töpfchen,
Die schlechten ins Kröpfchen.”
Da kamen zum Küchenfenster zwei weiße Täubchen herein und danach die Turteltäubchen, und endlich schwirrten und schwärmten alle Vöglein unter dem Himmel herein und ließen sich um die Asche nieder. Und die Täubchen nickten mit ihren Köpfchen und fingen an pick, pick, pick, pick, und da fingen die übrigen auch an pick, pick, pick, pick, und lasen alle guten Körner in die Schüsseln. Und ehe eine halbe Stunde herum war, waren sie schon fertig, und flogen alle wieder hinaus. Da trug das Mädchen die Schüsseln zu der Stiefmutter, freute sich und glaubte, nun dürfte es mit auf die Hochzeit gehen. Aber sie sprach: “Es hilft dir alles nichts: du kommst nicht mit, denn du hast keine Kleider und kannst nicht tanzen; wir müssten uns deiner schämen.” Darauf kehrte sie ihm den Rücken zu und eilte mit ihren zwei stolzen Töchtern fort.

Als nun niemand mehr daheim war, ging Aschenputtel zu seiner Mutter Grab unter den Haselbaum und rief:
“Bäumchen, rüttel dich und schüttel dich, 
Wirf Gold und Silber über mich.”
Da warf ihm der Vogel ein golden und silbern Kleid herunter und mit Seide und Silber ausgestickte Pantoffeln. In aller Eile zog es das Kleid an und ging zur Hochzeit. Seine Schwestern aber und die Stiefmutter kannten es nicht und meinten, es müsse eine fremde Königstochter sein, so schön sah es in dem goldenen Kleide aus. An Aschenputtel dachten sie gar nicht und dachten, es säße daheim im Schmutz und suchte die Linsen aus der Asche. Der Königssohn kam ihm entgegen, nahm es bei der Hand und tanzte mit ihm. Er wollte auch sonst mit niemand tanzen, also daß er ihm die Hand nicht losließ, und wenn ein anderer kam, es aufzufordern, sprach er: “Das ist meine Tänzerin.”

Es tanzte bis es Abend war, da wollte es nach Hause gehen. Der Königssohn aber sprach: “Ich gehe mit und begleite dich,” denn er wollte sehen, wem das schöne Mädchen angehörte. Sie entwischte ihm aber und sprang in das Taubenhaus. Nun wartete der Königssohn, bis der Vater kam, und sagte ihm, das fremde Mädchen wär in das Taubenhaus gesprungen. Der Alte dachte: “Sollte es Aschenputtel sein?” und sie mussten ihm Axt und Hacken bringen, damit er das Taubenhaus entzweischlagen konnte; aber es war niemand darin. Und als sie ins Haus kamen, lag Aschenputtel in seinen schmutzigen Kleidern in der Asche, und ein trübes Öllämpchen brannte im Schornstein; denn Aschenputtel war geschwind aus dem Taubenhaus hinten herabgesprungen, und war zu dem Haselbäumchen gelaufen: da hatte es die schönen Kleider abgezogen und aufs Grab gelegt, und der Vogel hatte sie wieder weggenommen, und dann hatte es sich in seinem grauen Kittelchen in die Küche zur Asche gesetzt.

Am andern Tag, als das Fest von neuem anhub, und die Eltern und Stiefschwestern wieder fort waren, ging Aschenputtel zu dem Haselbaum und sprach:
“Bäumchen, rüttel dich und schüttel dich,
Wirf Gold und Silber über mich!”
Da warf der Vogel ein noch viel stolzeres Kleid herab als am vorigen Tag. Und als es mit diesem Kleide auf der Hochzeit erschien, erstaunte jedermann über seine Schönheit. Der Königssohn aber hatte gewartet, bis es kam, nahm es gleich bei der Hand und tanzte nur allein mit ihm. Wenn die andern kamen und es aufforderten, sprach er: “Das ist meine Tänzerin.” Als es nun Abend war, wollte es fort, und der Königssohn ging ihm nach und wollte sehen, in welches Haus es ging: aber es sprang ihm fort und in den Garten hinter dem Haus. Darin stand ein schöner großer Baum, an dem die herrlichsten Birnen hingen, es kletterte so behend wie ein Eichhörnchen zwischen die Äste, und der Königssohn wusste nicht, wo es hingekommen war. Er wartete aber, bis der Vater kam, und sprach zu ihm: “Das fremde Mädchen ist mir entwischt, und ich glaube, es ist auf den Birnbaum gesprungen.” Der Vater dachte: “Sollte es Aschenputtel sein?” ließ sich die Axt holen und hieb den Baum um, aber es war niemand darauf. Und als sie in die Küche kamen, lag Aschenputtel da in der Asche, wie sonst auch, denn es war auf der andern Seite vom Baum herabgesprungen, hatte dem Vogel auf dem Haselbäumchen die schönen Kleider wiedergebracht und sein graues Kittelchen angezogen.

Am dritten Tag, als die Eltern und Schwestern fort waren, ging Aschenputtel wieder zu seiner Mutter Grab und sprach zu dem Bäumchen:
“Bäumchen, rüttel dich und schüttel dich,
Wirf Gold und Silber über mich!”
Nun warf ihm der Vogel ein Kleid herab, das war so prächtig und glänzend, wie es noch keins gehabt hatte, und die Pantoffeln waren ganz golden. Als es in dem Kleid zu der Hochzeit kam, wussten sie alle nicht, was sie vor Verwunderung sagen sollten. Der Königssohn tanzte ganz allein mit ihm, und wenn es einer aufforderte, sprach er: “Das ist meine Tänzerin.”

Als es nun Abend war, wollte Aschenputtel fort, und der Königssohn wollte es begleiten, aber es entsprang ihm so geschwind, daß er nicht folgen konnte. Der Königssohn hatte aber eine List gebraucht, und hatte die ganze Treppe mit Pech bestreichen lassen: da war, als es hinabsprang, der linke Pantoffel des Mädchens hängen geblieben. Der Königssohn hob ihn auf, und er war klein und zierlich und ganz golden. Am nächsten Morgen ging er damit zu dem Mann und sagte zu ihm: “Keine andere soll meine Gemahlin werden als die, an deren Fuß dieser goldene Schuh passt.” Da freuten sich die beiden Schwestern, denn sie hatten schöne Füße. Die älteste ging mit dem Schuh in die Kammer und wollte ihn anprobieren, und die Mutter stand dabei. Aber sie konnte mit der großen Zehe nicht hineinkommen, und der Schuh war ihr zu klein, da reichte ihr die Mutter ein Messer und sprach: “Hau die Zehe ab: wenn du Königin bist, so brauchst du nicht mehr zu Fuß zu gehen.” Das Mädchen hieb die Zehe ab, zwängte den Fuß in den Schuh, verbiss den Schmerz und ging hinaus zum Königssohn. Da nahm er sie als seine Braut aufs Pferd und ritt mit ihr fort. Sie mussten aber an dem Grabe vorbei, da saßen die zwei Täubchen auf dem Haselbäumchen und riefen:
“Rucke di guck, rucke di guck,
Blut ist im Schuck. (= Schuh):
Der Schuck ist zu klein,
Die rechte Braut sitzt noch daheim.”
Da blickte er auf ihren Fuß und sah, wie das Blut herausquoll. Er wendete sein Pferd um, brachte die falsche Braut wieder nach Hause und sagte, das wäre nicht die rechte, die andere Schwester solle den Schuh anziehen. Da ging diese in die Kammer und kam mit den Zehen glücklich in den Schuh, aber die Ferse war zu groß. Da reichte ihr die Mutter ein Messer und sprach: “Hau ein Stück von der Ferse ab: wann du Königin bist, brauchst du nicht mehr zu Fuß gehen.” Das Mädchen hieb ein Stück von der Ferse ab, zwängte den Fuß in den Schuh, verbiss den Schmerz und ging heraus zum Königssohn. Da nahm er sie als seine Braut aufs Pferd und ritt mit ihr fort. Als sie an dem Haselbäumchen vorbeikamen, saßen die zwei Täubchen darauf und riefen:
“Rucke di guck, rucke di guck,
Blut ist im Schuck.
Der Schuck ist zu klein,
Die rechte Braut sitzt noch daheim.”
Er blickte nieder auf ihren Fuß und sah, wie das Blut aus dem Schuh quoll und an den weißen Strümpfen ganz rot heraufgestiegen war. Da wendete er sein Pferd und brachte die falsche Braut wieder nach Hause. “Das ist auch nicht die rechte,” sprach er, “habt ihr keine andere Tochter?” - “Nein,” sagte der Mann, “nur von meiner verstorbenen Frau ist noch ein kleines verbuttetes Aschenputtel da: das kann unmöglich die Braut sein.” Der Königssohn sprach, er sollte es heraufschicken, die Mutter aber antwortete: “Ach nein, das ist viel zu schmutzig, das darf sich nicht sehen lassen.” Er wollte es aber durchaus haben, und Aschenputtel musste gerufen werden. Da wusch es sich erst Hände und Angesicht rein, ging dann hin und neigte sich vor dem Königssohn, der ihm den goldenen Schuh reichte. Dann setzte es sich auf einen Schemel, zog den Fuß aus dem schweren Holzschuh und steckte ihn in den Pantoffel, der war wie angegossen. Und als es sich in die Höhe richtete und der König ihm ins Gesicht sah, so erkannte er das schöne Mädchen, das mit ihm getanzt hatte, und rief: “Das ist die rechte Braut.” Die Stiefmutter und die beiden Schwestern erschraken und wurden bleich vor Ärger: er aber nahm Aschenputtel aufs Pferd und ritt mit ihm fort. Als sie an dem Haselbäumchen vorbeikamen, riefen die zwei weißen Täubchen:
“Rucke die guck, rucke di guck,
Kein Blut im Schuck.
Der Schuck ist nicht zu klein,
Die rechte Braut, die führt er heim.”
Und als sie das gerufen hatten, kamen sie beide herabgeflogen und setzten sich dem Aschenputtel auf die Schultern, eine rechts, die andere links, und blieben da sitzen.

Als die Hochzeit mit dem Königssohn sollte gehalten werden, kamen die falschen Schwestern, wollten sich einschmeicheln und teil an seinem Glück nehmen. Als die Brautleute nun zur Kirche gingen, war die älteste zur rechten, die jüngste zur linken Seite: da pickten die Tauben einer jeden das eine Auge aus. Hernach, als sie herausgingen, war die älteste zur linken und die jüngste zur rechten: da pickten die Tauben einer jeden das andere Auge aus. Und waren sie also für ihre Bosheit und Falschheit mit Blindheit auf ihr Lebtag bestraft.

ENDE

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Sobre contos: Material apresentado pela estudante Marina Dupré para a disciplina de Literatura Alemã V, 1º Semestre de 2012



Universidade Federal Fluminense
Instituto de Letras
Departamento de Letras Estrangeiras Modernas – GLE
Disciplina: Literarura Alemã V
Professora: Susana Kampff Lages
Aluna: Marina Dupré Lobato
Data: 27/06/2012

Aschenputtel, Allerleirauh e Das Mädchen ohne Hände:
origens, comparações e interpretações de três contos de Grimm


O conto de fadas

  • Fontes primordiais: oriental, clássica, céltico-bretã (Merege)
  • O estranho, o fantástico e o maravilhoso (Todorov)
  • Mito x Conto de fadas (Bettelheim)

Kinder- und Hausmärchen (1812), Jacob und Wilhelm Grimm

  • Naturpoesie / Volkspoesie (Herder)
  • Grupo de Heidelberg (Clemens Brentano)
  • Estudos folclóricos

Origens de Aschenputtel

  • Yeh-hsien (850 a.C.), Tuan Ch'eng-shih
  • Sakuntala (séc. V), Kalidasa
  • La gatta Cenerentolla (1634), Giambattista Basile
  • Finette Cendron (1697), Marie-Catherine d'Aulnoy
  • Cendrillon ou la petite pantoufle de verre (1697), Charles Perrault
  • Laskopal und Miliwaka (1808), Autoria desconhecida
(in: Sagen der Böhmischen Vorzeit aus einigen Gegenden alter Schlösser und Dörfer)

Origens de Allerleirauh

  • Dionigia e il re d'Inghilterra (1385), Giovanni Fiorentino
  • Belle Hélène de Constantinple (séc. XV), Autoria desconhecida
  • Tebaldo (1550), Giovan Francesco Straparola
  • L'orsa (1634), Giambattista Basile
  • Peau d'âne (1694), Charles Perrault
  • Schilly (1798), Johann Karl Nehrlich

Origens de Das Mädchen ohne Hände

  • Dionigia e il re d'Inghilterra (1385), Giovanni Fiorentino
  • Belle Hélène de Constantinple (séc. XV), Autoria desconhecida
  • La penta mano-mozza (1634), Giambattista Basile



Morfologia do conto maravilhoso, Vladimir Propp

  • Índice Aarne (1910) e Thompson (1928)
  • Funções (ações dos personagens): invariantes (ações)
variantes (sujeito/objeto)

Interpretações psicanalíticas

  • Aschenputtel: A rivalidade entre irmãos
  • Allerleirauh: O complexo de Édipo
  • Das Mädchen ohne Hände: O incesto consumado


Referências bibliográficas

BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. São Paulo: Paz e Terra, 2007. (Trad. Arlene Caetano)

CORSO, Diana L. e Mario. Fadas no divã: Psicanálise nas histórias infantis. Porto Alegre: Artmed, 2006.

FRANZ, Marie-Louise von. A interpretação dos contos de fada. São Paulo: Paulus, 2008. (Trad. Maria Elci Spaccaquerche Barbosa)

GRIMM, Jacob und Wilhelm. Grimms Märchen: Vollständige Ausgabe. Köln: Anaconda, 2009.

MEREGE, Ana Lúcia. Os contos de fadas: Origens, história e permanência no mundo moderno. São Paulo: Claridade, 2010.

PROPP, Vladimir I. Morfologia do conto maravilhoso. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006. (Trad. Jasna Paravich Sarhan)

TATAR, Maria (Ed. e Trad.). The annotated Brothers Grimm. New York: Norton, 2004.

TODOROV, Tzvetan. Introdução à literatura fantástica. São Paulo: Perspectiva, 2010. (Trad. Maria Clara Correa Castello)

ZIPES, Jack (Ed. e Trad.). The great fairy tale tradition: From Straparola and Basile to the Brothers Grimm. New York: Norton, 2001.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Escutar clássicos literários hoje em dia?

Dando continuidade a nossa série "Será possível ouvir Goethe atualmente?", temos abaixo mais uma carta do Livro I, do romance, que traduzido para o português recebe o título de Os sofrimentos do jovem Werther, escrito por Johann Wolfgang von Goethe e publicado em 1774. Mas nós gostaríamos de saber como foi a sua experiência de ouvir/ler em alemão. E que tal nos enviar sua carta favorita desse romance (ou de outro livro) lida por você?







AM 16. JULIUS

Ach wie mir das durch alle Adern läuft, wenn mein Finger unversehens den ihrigen berührt, wenn unsere Füße sich unter dem Tische begegnen! Ich ziehe zurück wie vom Feuer, und eine geheime Kraft zieht mich wieder vorwärts – mir wird's so schwindelig vor allen Sinnen. – O! Und ihre Unschuld, ihre unbefangene Seele fühlt nicht, wie sehr mich die kleinen Vertraulichkeiten peinigen. Wenn sie gar im Gespräch ihre Hand auf die meinige legt und im Interesse der Unterredung näher zu mir rückt, daß der himmlische Atem ihres Mundes meine Lippen erreichen kann: – ich glaube zu versinken, wie vom Wetter gerührt. – und, Wilhelm! Wenn ich mich jemals unterstehe, diesen Himmel, dieses Vertrauen –! Du verstehst mich. Nein, mein Herz ist so verderbt nicht! Schwach! Schwach genug! – und ist das nicht Verderben?
– sie ist mir heilig. Alle Begier schweigt in ihrer Gegenwart. Ich weiß nie, wie mir ist, wenn ich bei ihr bin; es ist, als wenn die Seele sich mir in allen Nerven umkehrte. – sie hat eine Melodie, die sie auf dem Klaviere spielet mit der Kraft eines Engels, so simpel und so geistvoll! Es ist ihr Leiblied, und mich stellt es von aller Pein, Verwirrung und Grillen her, wenn sie nur die erste Note davon greift.
Kein Wort von der Zauberkraft der alten Musik ist mir unwahrscheinlich. Wie mich der einfache Gesang angreift! Und wie sie ihn anzubringen weiß, oft zur Zeit, wo ich mir eine Kugel vor den Kopf schießen möchte! Die Irrung und Finsternis meiner Seele zerstreut sich, und ich atme wieder freier.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Será possível ouvir Goethe atualmente?

O texto abaixo trata-se da carta de 22 de maio, do Livro I, do romance epistolar Die Leiden des jungen Werther, de Johann Wolfgang von Goethe. Clique no áudio abaixo e ouça! E que tal acompanhar a leitura com o som?




AM 22. MAI

Daß das Leben des Menschen nur ein Traum sei, ist manchem schon so vorgekommen, und auch mit mir zieht dieses Gefühl immer herum. Wenn ich die Einschränkung ansehe, in welcher die tätigen und forschenden Kräfte des Menschen eingesperrt sind; wenn ich sehe, wie alle Wirksamkeit dahinaus läuft, sich die Befriedigung von Bedürfnissen zu verschaffen, die wieder keinen Zweck haben, als unsere arme Existenz zu verlängern, und dann, daß alle Beruhigung über gewisse Punkte des Nachforschens nur eine träumende Regignation ist, da man sich die Wände, zwischen denen man gefangen sitzt, mit bunten Gestalten und lichten Aussichten bemalt – das alles, Wilhelm, macht mich stumm. Ich kehre in mich selbst zurück, und finde eine Welt! Wieder mehr in Ahnung und dunkler Begier als in Darstellung und lebendiger Kraft. Und da schwimmt alles vor meinen Sinnen, und ich lächle dann so träumend weiter in die Welt.
Daß die Kinder nicht wissen, warum sie wollen, darin sind alle hochgelahrten Schul- und Hofmeister einig; daß aber auch Erwachsene gleich Kindern auf diesem Erdboden herumtaumeln und wie jene nicht wissen, woher sie kommen und wohin sie gehen, ebensowenig nach wahren Zwecken handeln, ebenso durch Biskuit und Kuchen und Birkenreiser regiert werden: das will niemand gern glauben, und mich dünkt, man kann es mit Händen greifen.
Ich gestehe dir gern, denn ich weiß, was du mir hierauf sagen möchtest, daß diejenigen die Glücklichsten sind, die gleich den Kindern in den Tag hinein leben, ihre Puppen herumschleppen, aus- und anziehen und mit großem Respekt um die Schublade umherschleichen, wo Mama das Zuckerbrot hineingeschlossen hat, und, wenn sie das gewünschte endlich erhaschen, es mit vollen Backen verzehren und rufen: »mehr!« – das sind glückliche Geschöpfe. Auch denen ist's wohl, die ihren Lumpenbeschäftigungen oder wohl gar ihren Leidenschaften prächtige Titel geben und sie dem Menschengeschlechte als Riesenoperationen zu dessen Heil und Wohlfahrt anschreiben. – Wohl dem, der so sein kann! Wer aber in seiner Demut erkennt, wo das alles hinausläuft, wer da sieht, wie artig jeder Bürger, dem es wohl ist, sein Gärtchen zum Paradiese zuzustutzen weiß, und wie unverdrossen auch der Unglückliche unter der Bürde seinen Weg fortkeucht, und alle gleich interessiert sind, das Licht dieser Sonne noch eine Minute länger zu sehn – ja, der ist still und bildet auch seine Welt aus sich selbst und ist auch glücklich, weil er ein Mensch ist. Und dann, so eingeschränkt er ist, hält er doch immer im Herzen das süße Gefühl der Freiheit, und daß er diesen Kerker verlassen kann, wann er will.




Fontes: http://gutenberg.spiegel.de/buch/3636/1 (Texto)